Ozônio um poderoso agente oxidante

O ozônio tem um alto potencial oxidante de 2,07 V (Manley e Niegowski 1967; Pehkonen 2001) comparado ao cloro (1,36 V) e oxigênio (1,23 V). Isso significa que na reação química presente na água ele recebe mais elétrons que o cloro.  

Alguns elementos químicos são propícios a doar elétrons e outros a receber.  O processo de oxidação e redução é a troca desses elétrons entre os elementos químicos. O ozônio recebe elétrons, ou seja, são agentes oxidantes. Os que doam elétrons, sofrem oxidação, são os agentes redutores.

Abaixo estão os potenciais redox de alguns oxidantes:

É possível medir essas reações de redução e oxidação através de uma sonda em milivolts. Essa determinação do potencial redox é chamado de ORP ( Oxidation Reduction Potential). É uma medida indireta do ozônio residual.

O metabolismo dos microrganismos e consequentemente sua capacidade de sobreviver e se propagar são influenciados pelo potencial de redução da oxidação (ORP) do meio em que vive (USEPA, 1996).

O ORP pode ser monitorado e usado para controlar a adição de ozônio na água e assim garantir o objetivo de tratamento desejado.

Quanto maior o valor de ORP, maior a quantidade de reações químicas presentes, que demonstra que os microrganismos estão sendo oxidados.

Águas superficiais menos contaminadas têm valor de ORP de cerca de 200 mV.

Níveis mais altos de ORP, como 500 mV, podem matar instantaneamente muitos micróbios comuns.

                                                                                                   Ligia Camara

Especialista em Ozônio para tratamento de águas

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